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Foto por : Zé Reinaldo Martins

COUTO CORRÊA FILHO

( BRASIL – MARANHÃO )

  

José do Couto Corrêa Filho reside em uma meia-morada na Rua Cândido Ribeiro, entre as Ruas de Santana e Grande, onde havia belos sobrados do séc. XIX.

Os sobrados foram substituídos por construções dos anos 1970 a 1990 e a rua é ocupada por vendedores ambulantes.
Agora, os sobrados vivem na memória do escritor, que completou 66 anos em janeiro deste ano
.

Biografia: https://agendamaranhao.com.br

 

ATO – REVISTA DE LITERATURA.  NO. 7 Belo Horizonte: Gráfica e Editora O Lutador,  janeiro de 2009.  Editores: Camilo Lara, Rogério Barbosa da Silva e Wagner Moreira.  21,5 X  52 cm.  52 p.
Ex. biblioteca de Antonio Miranda

 

AS BANDARILHAS

As bandarilhas arpoam a vida
e de par em par a esperança.
Tenebrosos punhais de Espanha.
As bandarilhas invadem a carne
e hasteiam-se como marcos de conquista.
Terríveis pavilhões da morte.
As bandarilhas abrem sulcos no couro
e dançam a tragédia do touro.
Dolorosos pingentes fúnebres.
As bandarilhas tremulam na tarde
e se esfriam adereçando o fim.
Duras hastes de metal e papel de cor.

 

POESIA SEMPRE. Ano 15 Número 30 2008. Polônia. Editor Marco Lucchesi. Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional, 2008. 178 p. No. 10 381
Exemplar da biblioteca de ANTONIO MIRANDA

 

                            Flamenco

E a garganta inconformada precipitando
no sonoro abismo o que expele
como uma cachoeira se desesperando
no expressionismo de sua pele

É o vômito visceralmente impuro
que encharca de som o vazio
deleite maior que o de Epicuro
fluente como o leito de um rio

E a vertente que ao vento esturra
seu grito de flama e estertor
como uma fera ferida urra
ao sair de si em seu clamor

               É o terremoto surdo das guitarras
cujo epicentro  se alastrou profundo
levado por seu canto sem amarras
ele abala os nervos do mundo


Balada de Dolores Ibarruri

Não passarão
assim hasteara Dolores
a voz como bandeira

Não passarão
assim clamara Dolores
o corpo feito trincheira

Não passarão
assim teimara Dolores
do Pássaro a mensageira

Não passarão
assim lutara Dolores
contra Fascismo e caveira

Não passarão
assim ficara Dolores
da luta prisioneira

Não passarão
assim hospedara Dolores
se nome em sua vida inteira

 

                   Estação e fuga

dois anos de chuva em dois dias
dissolveram a cidade
traído
o coração da tarde
dispensou
a música orgânica do crepúsculo
um silêncio inquieto
inundando o imaginário
sem razão nem claridade
o jeito foi partir
antes que o tempo aniquilasse
o sabor de um beijo
com a torrente impetuosa da saudade           


Deserto

seguir
sem poder chegar
os olhos cerrados
contra a fúria da lembrança
no bolso
um lenço de despedida
rasurado
com duas preces de amor
assírias
tranquilizando os passos
silenciando o pranto

todos os caminhos do mundo
podem não ter volta
se não houver origem
para reencontrá-los

*
Página ampliada e republicada em maio de 2025.                                           

 

*

VEJA e LEIA outros poetas do MARANHÃO em nosso Portal:

http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/maranhao/maranhao.html

 

Página publicada em março de 2024



 

 

 
 
 
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